terça-feira, 9 de setembro de 2014

ANÁLISE MORFOLÓGICA DA FALA DOS MORADORES DAS COMUNIDADES DE MACURANY, ANINGA E PARANANEMA.



Marconde Maia Cruz (UEA)
Adenilce Oliveira de Souza Pinheiro (UEA)
Maria Celeste de Souza Cardoso (UEA)

Resumo Expandido: Conforme dados coletados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estástistica (IBGE, 2010) o município de Parintins se localiza à margem direita do Rio Amazonas, em uma área de 5.978 quilômetros quadrados e fica a 369 quilômetros da capital, Manaus, em linha reta e a 420 quilômetros por via fluvial. Saunier (2003) afirma que a cidade é típica do interior amazonense e possui mais de 100 mil habitantes, muitos oriundos de outros estados.   Parintins é uma cidade marcada por diversos traços socioculturais herdados pelos portugueses, espanhóis, japoneses e demais viajantes de diferentes estados do território brasileiro, tendo em vista que a cidade possuiu uma relevante colônia destes imigrantes. Em sua formação histórica, a cidade é o resultado da miscigenação de três etnias que compõem a população: o índio, o europeu e o negro, formando, deste modo, os mestiços. A linguagem do povo parintinense surgiu da miscigenação destes povos que colonizaram e habitaram nossa terra e possui uma grande importância, pois esses traços linguísticos fizeram nascer nossa identidade cultural, o nosso linguajar. Os traços socioculturais do povo parintinense são bastante fortes. Esta pesquisa realizada nas comunidades de Macurany, Aninga e Parananema, para análise morfológica da fala dos moradores, mostra que os adultos possuem um falar que foge às regras gramaticais padrão enquanto que os jovens têm mais influência linguística das escolas e também das universidades enriquecendo seus vocabulários, criando novas palavras do mundo moderno. Este trabalho fundamenta-se na Morfologia, a qual se designa como o estudo das formas das palavras dividindo-se em três partes: flexiva, derivada e sintática. A morfologia flexiva vem analisar as diferentes formas que uma mesma palavra se encontra, isto é, sua variedade, enquanto que a derivacional trata das relações entre paradigma diferentes – paradigmas separados. A morfologia estuda também os gêneros, o número e o verbo em seu tempo. O morfema gênero como se sabe está dividido em masculino e feminino “a inerência do gênero é uma característica tanto do substantivo primitivo quanto do derivado” (LAROCA, 2001; p. 45). Apesar de defendido por diferentes gramáticos como processo flexional, se é que ele existe como tal para expressar a categoria gênero nos nomes do português, consideramos que isso não é relevante, uma vez que, como estamos percebendo, o gênero é uma categoria inerente aos nomes do português e, na maioria deles, não existe uma marca flexional para evidenciá-lo, ficando tal procedimento claro através da concordância de outro determinante. Como exemplo, temos a seguinte frase expressada pela moradora de uma das comunidades, “eu nunca vi meu pai e minha mãe se xingando”. Nota-se na frase que os substantivos que designam pessoa tanto em masculino e feminino estão destacados e identificam-se pelo sexo, a palavra pai indica o homem e o item lexical mãe indica mulher. Mas há também outros itens como filho – filha, menino – menina etc. Assim, é possível fazer duas generalizações, quando se trata das classes temáticas substantivas. A primeira é que “o feminino é realizado por formas de tema em -a”; a segunda diz que “os adjetivos de tema em -o são masculinos”. A partir dos exemplos acima como filho e menino, é possível encontrar a base lexical desses substantivos /filh-/, /menin-/ e a especificação do tema /-o/ para o masculino e o tema -a para o feminino, como em filha e menina. Os morfemas de número em língua portuguesa se caracterizam em singular e plural, como no exemplo: “os meus filhos estudam de manhã lá na escola”. É possível verificar que o substantivo em destaque “filhos” se flexiona junto com o pronome e também com o artigo em sua pluralidade. O morfema (plural) realiza-se através dos alomorfes encontrados na gramática da língua portuguesa /s/, /es/, /is/, condicionados a determinados contextos fonológicos. Nota-se que na frase citada acima se encontra a palavra, filhos, o alomorfe /s/ indica a pluralidade deste item lexical. Observaremos agora outras palavras expressadas pelos moradores destas três comunidades em estudo, tanto em seu singular como também em plural: pai – pais, família – famílias, mãe – mães, filho – filhos, menino – meninos etc. Os morfemas verbais possuem uma estrutura padrão que pode ser representado no seguinte modo – (((R + ST) + SMT) + SNP), sendo o R – a raiz, ST – sufixo temático, SMT – sufixo modo temporal, SNP – sufixo número pessoal e por último o SVN – sufixo verbo nominal. Em outra frase estipulada por um dos moradores das comunidades “os meus filhos estudam de manhã lá na escola”. O verbo em destaque está na terceira pessoa do plural do presente do indicativo e flexiona-se de acordo com o substantivo filhos, com o pronome possessivo meus e também com o artigo os todos em sua pluralidade. Na gramática padrão, vamos ter as seguintes colocações deste verbo: (((R = estud + ST = a) +SMT= 0) + SNP= m). Outras formas também podem ser observadas, (((R = estud + ST = a) + SMT = va) + SNP = mos); SVN(((estud + a) + ndo). A pesquisa nas comunidades citadas acima foi realizada por procedimentos metodológicos, como o método indutivo, com dados coletados por meio de entrevistas com os moradores, buscando analisar de forma morfológica as falas destes residentes nessas comunidades, partindo do particular para o geral. Foi uma pesquisa de natureza qualitativa uma vez que tem como objetivo principal analisar essas falas e também é uma pesquisa bibliográfica, buscando informações de autores que falam sobre a morfologia, bem como de campo, realizando entrevistas com esses moradores e coletando  dados para a análise morfológica das falas de cada um. Apesar dos aspectos que tornam um homem usuário, a língua nunca é utilizada pelos seus falantes de maneira uniforme. Surgem então as variedades na expressão da língua, chamada de variação linguística. De forma geral, essas variações são encontradas nos seguintes termos da linguagem: variação cultural – que diferencia a língua de região para região; variação sociocultural – grupos sociais que manifestam a mesma língua; variação expressiva –expressão literária da língua submetida à criatividade. Os dados coletados dos moradores das comunidades do Macurany, Aninga e Parananema, para análise morfológica, nos fez perceber que a utilização de uma linguagem coloquial que foge às regras padrão da gramática, já os jovens por influência das universidades, escolas públicas e meios de comunicação integrados como o celular, computador etc., enriqueceram mais seus vocabulários, internalizando essas palavras e expressando-as entre si em grupos sociais ou até mesmo nas comunidades em que vivem. Lyons (1987) diz que um dos processos de expansão dos vocabulários é a incorporação de novas línguas. Com a industrialização, cresceu a publicidade privilegiando ainda mais o áudio visual, incluindo os computadores, notebooks, celulares e demais aparelhos eletrônicos que transmitem a comunicação entre os jovens. 
REFERÊNCIAS
IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Divisão Territorial do Brasil. Pagina visita em 02 de Abril de 2014 às 10h35min.
LAROCA, Maria Nazaré de Carvalho. Manual de morfologia do Português. 2° ed. Campinas, São Paulo; Juiz de Fora. MG: UFJF, 2001.
LYONS, John. Linguagem e Linguística: uma introdução. Rio de Janeiro: LTC, 1987.
SAUNIER, Tonzinho. Parintins: memorias dos acontecimentos históricos. Manaus; Valer, 2003.

SÍNTESE: A EVOLUÇÃO DA LÍNGUA PORTUGUESA: DESCRITA EM CRESTOMATIA ARCAICA



Marconde Maia Cruz
A língua portuguesa que se é falada atualmente sofreu varias transformações em seu momento histórico, até chegar a esta que forma de se expressar ou ser expressada pelos falantes da língua. Historicamente, a língua portuguesa é denominada de língua românica, por ter se originado do latim e trazendo consigo sua evolução.
É dito por diversos historiadores que foi da língua latina que se originou muitas outras, como a francesa, italiana, inglesa e demais outras, tendo em vista que esta se concentrava de modo particular em Roma, por este motivo foi considerada uma língua românica. A língua portuguesa em sua evolução teve vários determinantes lingüísticos latinos como o Latim Pré-Histórico – sendo falada entre os séculos XI até VII a.C. Esta documentada como ma primeira habitante do Lácio; Latim Arcaico – idioma utilizado no século III a.C. o latim clássico que se ordenou no inicio do século I a.C, onde foram compostos vários documentos literários importantes na época. Grandes escritores surgiram nesse período como Virgilio, Horacio e demais escritores literários; Latim Vulgar – uma língua que se distancia do latim clássico, por ser uma língua própria do povo, observa nesse período uma nova maneira de falar, mais culto que se é lembrado nas obras cômicas de Plauto entre os séculos III e II a.C, uma linguagem sujeita a alterações; galego português – uma língua falada sem disciplina gramatical, produzindo falas diferentes, linguagens diferentes e tempo depois veio a separação dessa língua dividindo-se em duas, o galego e o português que se é falado atualmente.
A língua portuguesa desde que foi fixada na escrita ate aos dias atuais, sofreu varias mudanças, principalmente em sua fonética e morfologia. Durante sua evolução a língua sofreu mutações em sua gramática fonética causando estranhamento na língua mudando sua forma de ser expressa pelo falante e também alterando as acentuações gráficas nas palavras. Pode-se notar essas mudanças no vocalismo, descritos pelas letras a-e-i-o-u, mudanças sonoras nestas quanto a colocação dos acentos, perdendo sua essência. A língua latina possuía dezenove consoantes, B-C-D-F-G-H-J-K-L-M-N-P-Q-R-S-T-V-X-Z, essas consoantes poderiam ser reduzidas para quatorze caso eliminarmos a letra H, desaparecendo junto as letras K e Q, X, S e Z. O consonantismo divide-se em três famílias: palatais dotadas pelas letras C-G-J; dentais com as letras T-D-S-N-R-L, lábias com as letras P-BV-F-M.
Em sua morfologia as mudanças ocorrem nos substantivos e adjetivos. Os nomes que hoje, no português atual terminam em ão, na língua arcaica terminavam em om depois sofreram mudanças terminando em am como em coração, bênção etc. Antigamente era descrito como coraçom,  bencom e passaram a ser coraçam, bençam etc. Em seu gênero como já se sabe na gramática atual possui dois, masculino e feminino, no latim eram três, masculino, feminino e neutro.
Os verbos latinos são divido em quatro conjugações: a primeira terminada pela ultima letra do tema, neste caso a letra a; a segunda terminava na letra e,  a terceira em consoante e a quarta em i como observa em monere; digere e sentire. Na língua portuguesa atual não sofre tantas mudanças, apenas o rejeitamento do particípio do presente havendo ainda vestígios da linguagem latina.
A gramática sintática sofre um afastamento da atual, diferenciando-se da gramática portuguesa atual. A poética não se diferencia da atualidade. Sabe-se que como acontece em todas as literaturas o que prevalece é o verbo ou escrita poética, pois a literatura pode ser de bom gosto para uns, mas para outros não.  Todo realidade vivida é descrita literariamente, sendo em contos, romances ou em poesias 

SÍNTESE: RELAÇÕES ENTRE AS LENDAS PRIMITIVAS ROMANAS E AMAZONENSES



Marconde Maia Cruz[1]

O que se pode considerar importante para uma região ou uma cidade é sua própria história, sua origem, levando ao leitor o seu processo existencial. Essa história, contada narrativamente, pode ser vista por diversos ângulos: histórica, etimológica, antropofágica, religiosa, etc. O existencialismo de uma região ou cidade pode ser contada através das lendas, contos e mitos, sendo escrita ou oralmente.
A mitologia romana é cercada de antropofagia, narrando a existência de Roma, bem como, os guerreiros lendários e elementos etimológicos que buscam preservar a cultura desta nação, como se é visto em, Horácio Cocles, situando no quadro do ataque a Roma de Porsena, rei de Clúcios, a fim de repor de volta ao trono os Tarquínios. A coragem e a dedicação de lutar por sua cidade também é vista em “As Amazonas” mulheres guerreiras, como se é conhecida na mitologia grega “mulheres sem seios” essas índias guerreiras também lutavam por sua aldeia.
O navegante historiador, Francisco Orellana, diz que as “Amazonas” eram índias que viviam sempre em grupos formados somente por mulheres e tinham um objetivo de defender sua aldeia dos invasores que vinham para o amazonas com o intuito de escravizar os índios. Essas guerreiras cortavam seus seios para terem mais flexibilidade de manusear seus arcos e flechas e o tiro era sempre certeiro ao inimigo. Não havia homem, pois as crianças que nasciam meninos eram sacrificadas ou entregues ao pai. Só viviam juntas das índias guerreiras as crianças mulheres que eram treinadas para defender a aldeia do inimigo.    


[1] Graduando o 6º período do curso de letras (língua portuguesa), no Centro de Estudos Superiores de Parintins, CESP-UEA.

PROGRAMAS DE EDUCAÇÃO



Marconde Maia Cruz
As escolas da rede municipal, estadual e do distrito, bem como também as universidades, possuem programas de educação que estimulam os estudantes a construírem conhecimentos e terem novos aprendizados nas áreas educacionais como, Mais Educação, EJA, Bolsas Universitárias entre outras que discute temas voltados para a área da saúde, esporte e lazer, arte e cultura, educação, valores humanos e demais, contribuindo para o conhecimento de cada estudante.  
As escolas da rede publica de todo o Brasil, tanto municipal, estadual e do distrito, foram contempladas com programas de educação fomentados pela secretaria de educação (SEMED) e também pelo Governo Federal. Os principais programas que o MEC dispõe para os estudantes são: Mais Educação, Educação de Jovens e Adultos (EJA), Pró-jovem Urbano e demais programas que buscam melhorar os conhecimentos dos alunos nas área de saúde, esporte e lazer, educação, arte e cultura e muitos outros, contribuindo no aprendizado de cada aluno da rede escolar.
Em Parintins, as escolas da rede municipal por meio da Secretaria de Educação Esporte e Lazer (SEMED), aderiram esses programas levando ao conhecimento de cada estudante, temas educacionais visando reforçar o aprendizado de cada nas diferentes áreas da educação.  Além das escolas, as universidades também aderiram programas de educação como, bolsas universitárias, cujo acadêmico consegue por virtude de sua competência nos estudos universitários. Essas bolsas também servem para contribuir e elevar cada vez mais os conhecimentos de cada estudante. Tem-se, portanto os programas: Monitoria, PIBID, PAIC, PIBIC e outros programas de pesquisa e extensão, estimulando os acadêmicos a estudarem e consequentemente aderirem novos conhecimentos nas áreas de pesquisa.
A Universidade do Estado do Amazonas (UEA) aderiu estes programas de ensino e pesquisas, estimulando os acadêmicos a estudarem e construírem conhecimentos em sua área de estudos e pesquisa.
Os programas educacionais, disponível tanto pelo MEC como também pelo Governo Federal, incentivam os alunos da rede municipal, estadual, distrito e das universidades a estudarem sempre e dessa forma adquirindo novos conhecimentos para sua vida.